Poema da Despedida
Não saberei nunca
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo, eu sei
Ainda assim,
escrevo.
Mia Couto
Fiquei muito contente ao encontrar este espaço poético. Acho que ficarei por aqui. Parabéns pelo gosto refinado!
ResponderExcluirAbraços!
Obrigada querido! Seja muito bem vindo.
ResponderExcluirUm abração.
Adorei o espaço poético também, ótimos textos
ResponderExcluircom textos de tirar o folego, também escrevo e acabei caindo por engano nesta página e não gonseguia parar de ler.
Parabéns.