Noite morta
Noite morta.
Junto ao poste de iluminação
Os sapos engolem mosquitos.
Ninguém passa na estrada.
Nem um bêbado.
No entanto há seguramente por ela uma procissão de sombras.
Sombras de todos os que passaram.
Os que ainda vivem e os que já morreram.
O córrego chora.
A voz da noite . . .
(Não desta noite, mas de outra maior.)
Manuel Bandeira
Petrópolis, 1921
Oi, Tati!
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Manuel Bandeira é o máximo, não é?
Como ele consegue ser tão simples
e quase um místico ("mas de outra maior")?!
Espero que continuemos em contato.
Aquele abraço,
Paulo.
Ps: Valeu por se tornar seguidora nossa.
Valeu Paulo,
ResponderExcluirPois é, esse poema é ótimo mesmo, fiquei um tempão pensando no processo criativo meio simbolista e ao mesmo tempo e modernista do Bandeira!