Egon Schiele
Profana Dança
Jogar amor, as regras desconheço
Atuo sempre desorientado
Se tento é sempre intento fracassado
Desgarro, agarro, amarro e então pereço
Profano, danço até que hesito exausto
Espelho expresso rápido indeciso
Duvido olhar calado peito inciso
Afago, ofego e me redimo infausto
Em minha pele cada poro sua
Em minha pele cada poro sua
Mentira que transpira, inspira e clama
Derrama sobre sua pele nua
A mesma farsa em dois subtraída
Sentida só depois que a fria chama
Apaga e chama à vida desmentida